O problema de abastecimento de água na capital acreana é realmente um "problema" para os administradores do DEPASA, antigo SAERB, sempre foi e sempre será. Melhorar o abastecimento de água não dá votos, portanto, não é obra de muito interesse dos políticos. Depois de enterrados os canos nas ruas e residências, ninguém se lembra quem fez a obra na época das eleições...
O Ministério das Cidades, através do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, divulgou um levantamento feito entre 81 cidades sobre o percentual de moradias abastecidas com água em cada cidade... Sessenta e seis dessas 81 cidades tem 80% de suas casas abastecidas com água tratada, entre estas, 20 cidades teriam informado que abastecem 100% de imóveis com água potável e 15 deram a informação que estão abaixo dos 80%. Entre estas 15 cidades está Rio Branco, cujo percentual gira em torno de 64% das residências. Esses dados obviamente não querem dizer que as residências tenham água tratada 24 horas por dia, 365 dias por ano, querem dizer que "nas residências há ligações de água".
Em Rio Branco por exemplo, não há nenhuma área onde jorre água 24 horas por dia. Em quase todas as áreas, a água vem durante algumas horas, quem armazenar muito bem, quem não conseguir, só daí à 48 horas. É preciso que todas as residências tenham caixas dágua de reserva, pois, na maioria dos locais, a água enviada pelo DEPASA, não sobe nos reservatórios elevados. Em alguns locais a água é apenas um fio e, é muito comum a instalação de bombas pra sugar a água dos canos, o que prejudica o abastecimento em outras residências.
Nas áreas de invasão, são feitas ligações clandestinas o que piora ainda mais o problema que já é caótico.
Desta vez, o Governo do Acre não poderá manipular os dados, pois, eles serão apresentados pelo Trata Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio +20.