A hipótese de segundo turno é real, demasiado real, mas não agora; neste momento exato, a eleição decidir-se-ia em primeiro turno, e é esta etapa que os falsários tentam superar.
Lá adiante, perto da votação, dependendo da performance dos candidatos e da campanha- com toda gama de abuso do poder econômico e do poder político- o candidato da Frente Popular poderá ultrapassar a casa dos trinta pontos. Esta possibilidade é muito distante para a estratégia dos falsários: eles "necessitam" antecipar 30 de setembro para 20 de agosto, semeando a discórdia, a dúvida e a confusão dentre os menos avisados de nossa população. Esta é a razão principal da fraude.
Não conheço os marqueteiros da Antônia Lúcia nem tampouco do Fernando Melo e, é óbvio, sobre eles não posso opinar. Conheço, no entanto, os marqueteiros do Bocalom, da campanha passada, e eles deram uma pisa feia nos bons marqueteiros do Governo do Acre. É a mesma equipe, parece; não sei qual é o grau de liberdade e autonomia que os profissionais estão tendo; se, no entanto, não atrapalharem a criatividade dos parceiros aí, teremos um memorável duelo.
Se os marqueteiros de Antônia Lúcia e Fernando Melo forem igualmente bons, numa perspectiva de oposição, não há fraude no mundo que evite a realização do desejo do povo de Rio Branco: a alternância de poder com a derrota da Frente Popular.