Palíndromo é uma palavra que "da esquerda pra direita ou da direita pra esquerda" tanto faz, quer dizer a mesma coisa... Já, já, Dilma vai dizer o mesmo que Lula disse "eu não sabia de nada"!
Parece que a presidente Dilma deu uma surtada. Tá parecendo o Lula falando. Eu estava até estranhando um pouco, mas acho que no fundo o governo Dilma tende a ser o mesmo de Lula, com os mesmos pensamentos, “achismos” e escândalos. Por isso, um palíndromo. Só que a única diferença é que agora o chefe usa saias, tem a voz fina e não tem barba.
Dilma, quando rebate as críticas sofridas no artigo do ex-presidente FHC, viaja na maionese e tece uma verdade que não é a verdadeira. Pelo menos não é a nossa. Mas parece ser a dela, a do Lula, a do PT e a de todos os que possuem as mesmas lentes e teimam em dizer que FHC não fez nada e foi Lula o grande mágico e transformador do nosso Brasil como nunca antes na história deste país.
Vendo por uma lente sem filtros, sim Lula transformou, no período de seus oito anos como presidente, o nosso país num mar de corrupção, com a saúde em frangalhos, com a educação capenga, com vergonhosos salários para pessoas importantes, como por exemplo professores e médicos e uma soberba de quem fez tudo certo.
Quando Dilma diz que recebeu uma “herança bendita” e destaca que o país não estava mais sob intervenção do FMI nem sob o risco de apagão, Dilma parece ter ela própria sofrido um apagão na memória e não deve lembrar que em apenas um ano de governo já se foram oito ministros, sendo que sete não por terem cansado do cargo, ou resolvido trabalhar fabricando mel. Mas foram “saídos” do cargo por suspeitas de corrupção. Lindo isso, né? Isso talvez então, no “achismo” de Dilma, seja normal. Devem ser então os percalços da vida. Fazer o que, né?
No mínimo ter a decência de admitir que Lula deixou mais que uma batata quente no colo de Dilma. Deixou sim uma “herança maldita” ou, para que mais pessoas entendam, uma “herança à la Carminha”. Oi, oi, oi…
Mas não, Dilma quer continuar achando que além de tudo, Lula é um exemplo de estadista. Eu achei que exemplo de estadista seria aquele que fosse admitir que errou sim, pois além de tudo, um estadista é um ser humano. Só que o problema dessa gente e do Lula é que, além de ter a certeza de que não houve erro, eles ainda se acham um pouco acima do ser humano comum. E aí não tem ninguém que consiga derrubar um ego desse tamanho.
O ex-presidente levantou outra questão importante em seu artigo. O silêncio de Dilma. Dilma não se posiciona a respeito de nada que diz respeito à mancha negra chamada mensalão e principalmente à questão moral que o caso desmascara tanto do governo passado quanto do governo atual. Por que Dilma não fala? Por que Dilma não diz? Por que Dilma se cala? Será por falta de argumentos? Será por vergonha? Será por concordar que tudo não passa de invenções de invejosos que querem dar um golpe e desestabilizar um governo sério (ahã), um governo…Como é mesmo? Ahã de qualquer jeito. Um governo comprometido com a verdade, a decência e a moralidade. Ahã várias vezes!
Dilma, quando você vai dizer alguma coisa? Ah, tá. Já até imagino.