Pesquisa IBOPE saiba tudo!

Chegou às nossas mãos ainda agora, um relatório com as perguntas feitas pelo IBOPE aos pesquisados nas ruas de Rio Branco. A coisa é tão confusa, que até os pesquisadores devem se embasbacar de vez em quando. 

A entrevista já começa com a intimidação do entrevistado, sexo, idade e escolaridade, depois indagam "no que" e "onde" ele trabalha, são perguntas intimidatórias, para levar o entrevistado a pensar "no governo", seja ele qual for, Municipal, Estadual ou Federal.   

Anotam até o local onde a pessoa mora, com detalhes... Ficamos surpresos que não tenham solicitado o número do Título de Eleitor. As perguntas acima, psicológicamente falando, são pra colocar o espectador em alerta. "O que será que este povo quer"?

Em teoria, primeiro se pergunta "qual o interesse da pessoa por política", depois, em quem a pessoa votaria para prefeito expontâneamente, depois em quem votaria sugerindo os nomes dos candidatos e mais adiante perguntam sobre Raimundo Angelim e sobre sua administração, se você aprova ou desaprova a administração dele. Mais adiante as perguntas são sobre Tião Viana e pra finalizar Dilma Rousseff. 

Se as perguntas forem feitas na ordem que estão na cartela, estariam até corretas, coisa que duvidamos muito. Ninguém sabe o que os "pesquisadores" conversam com as pessoas. A primeira deve ser "como avalia o governo de Tião Viana", o que deixa o entrevistado em pânico se funcionário público ou recebe bolsa família ou ainda se é aposentado ou pensionista. Mesmo que sejam feitas na ordem correta, aparecerá alguém que vai querer mudar seu voto quando ouvir falar em Tião, Angelim e Dilma. Outra coisa interessante saber é se as cartelas são preenchidas à lápis ou à caneta. 

Bem, por que querer saber "que interesse tem a pessoa em política"?
Diz a cartela que se a pessoa não tem título de eleitor, "encerre a entrevista"... Uma pessoa pode não ter título de eleitor, mas, ter opinião sobre quem seria um bom candidato!
Dados como "telefone residencial e celular", são irrelevantes numa pesquisa dessas. O nome da empresa onde trabalha e a função que exerce são mais irrelevantes ainda, servem só pra intimidar a pessoa. Se for funcionário público pensa logo (tenho que dizer que vou votar no candidato do governo, senão vão me perseguir, tem todos os meus dados), se empresa particular... (se meu patrão que é puxa-saco do governo souber, estou na rua). 

As perguntas sobre Raimundo Angelim, Tião Viana e Dilma Rousseff são absurdamente fora do contexto da pesquisa e ainda a renda familiar do entrevistado. 

O grande problema de uma pesquisa dessas é que elas não são só pra se saber qual a preferência do eleitor nas eleições 2012, mas, são montados outros bancos de dados, para outros serviços, que não têm nada a ver com a encomenda da TV Acre. 

Na realidade os institutos de pesquisas tinham era que acabar... Fuçar na vida dos outros, procurar saber-lhe as intenções ou vontades é algo que fere o direito constitucional do cidadão, além de qualquer empresa poder "adquirir" um banco de dados desses. Prova disso é, "quem nunca recebeu um telefonema onde o atendente sabia coisas de sua vida que até você desconhecia ou não queria que os outros soubessem"? Todos os dias recebemos telefonemas em nossas casas de pessoas oferecendo isso ou aquilo... Nossos dados vem desses bancos de dados. Ou alguém imagina que uma empresa como o IBOPE iria perder tempo fazendo uma pesquisa dessas por míseros 39 mil reais?

Está correta a juíza em considerar a pesquisa inadequada. Para se saber qual a preferência do eleitor, não se precisa mais do que:
Bater palma na casa dele e perguntar
Em quem você vota pra este ou aquele cargo em 7 de outubro... 
O grande problema é que numa pesquisa dessas há dezenas de outras coisas envolvidas, muitos outros interesses, inclusive o de influenciar a opinião das pessoas, daqueles que deram a informação e dos milhares que vão ouvir essas informações. 

Ainda bem que o IBOPE no Acre tem tradição de "não dar uma dentro"!
O POVO DO ACRE QUER SEU HORÁRIO DE VOLTA!

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