O que falta é gerenciamento, não equipamento!

Nossa amiga no Facebook Fátima Almeida nos conta em post uma história interessante, que não poderíamos deixar de publicar aqui...

Nos diz ela:

"Estava eu com meus regadores para aguar canteiro da frente do sítio quando uma vizinha surgiu com a roupa suada e visivelmente preocupada, a olhar para o ramal poeirento. Daí me contou que o filho mais novo, um rapazinho, vinha sofrendo há dias e noites com dor de dente até que ela o levou, naquele dia, à UPA do Segundo Distrito onde chegou às 6 da manhã. Segundo ela, lá pelas oito e meia apareceu um médico e depois de mais um tempão surgiu o dentista que veio só para lhe dizer que não podia atende-los porque a cadeira estava quebrada. De volta para casa, o marido dela levou o rapazinho para um dentista no bairro Quinze, lá pelas duas da tarde, que extraiu o dente por 40 reais. Daí a pouco avistamos os dois chegando, devagar, arrastando suas bicicletas pelo ramal".

Um caso desses é um absurdo, não tem cabimento uma pessoa chegar num local que se denomina Unidade de "Pronto" Atendimento e não ser atendida, não ser minimizada a sua dor e o seu sofrimento. 

Um profissional de saúde faz um juramento de "zelar" pela saúde daqueles que ficarem à seu encargo e deve cumpri-lo sob pena de ser acusado de omissão de socorro. 

Por mais que se critique a saúde no Acre, temos uma boa estrutura de atendimento, o que falta é gerenciamento dessa estrutura. O que falta é uma fiscalização rigorosa por parte dos gestores públicos para fazer tudo isso funcionar, cobrando dos profissionais que ali atuam "a melhor atitude possível no atendimento". As UPAs estão muito bem equipadas, mas, falta vontade política de se fazer as coisas dentro delas... Funcionários relapsos fazem corpo mole, os médicos plantonistas ficam mais no refeitório e no "repouso" do que no atendimento, na parte de "emergência" são os mesmos profissionais da "clínica" que atendem... É isso que tem que ser "consertado". É o gerenciamento, não o equipamento. 

A cadeira estava quebrada? Que atendesse o menino sentado numa cadeira comum mesmo, mas, que atendesse! Já imaginaram um profissional desses numa guerra?
O POVO DO ACRE QUER SEU HORÁRIO DE VOLTA!

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