Os advogados dos réus do mensalão estudam apresentar questão de ordem contra a possibilidade de o ministro Cesar Peluzo proferir seu voto antes de se aposentar, em 3 de setembro, passando à frente de quatro ministros. Caso vote após o relator e o revisor e deixe o STF, Peluzo não ouvirá os argumentos de sete colegas. Um ministro pode rever seu voto até o final, mas o do ex-presidente da Corte seria imutável, o que cercearia o amplo contraditório, dizem os advogados.
Outra das chicanas na mira dos defensores dos réus, a de arguir de novo a tese do desmembramento do processo, ganhou fôlego depois que o ministro Marco Aurélio Mello concedeu entrevista dizendo que seria necessário discutir o tema.
O caso do Mensalão, que Lula diz que "nunca existiu", que é só invencionice da mídia reacionária, que é intriga da "zelite", "poderá" começar a ser julgado no mês de agosto próximo, porém, como tudo na Justiça, dado à nossa Lei que é uma verdadeira peneira, com furos para todos os tipos de aproveitadores e advogados inescrupulosos, é moroso e anda mais devagar que jabuti, pode-se esperar muita discussão e perrengue para os próximos meses. Os mensaleiros farão de tudo para protelar, anular, tripudiar o máximo possível o desfecho do caso.
Neste "caso do Mensalão", quem na realidade está em julgamento nem são os corruptos relacionados como réus, mas, o próprio Supremo Tribunal Federal, que precisará dar uma demonstração de força e independência do Poder.