Falta de água e de vergonha!

Professor João Correia Lima

O principal motivo da falta dágua é eleitoral. O Governo do Acre pressentindo a possibilidade de perder a eleição em Rio Branco, da forma mais covarde possível, fez a reversão da reversão. Como a produção e distribuição dágua tratada era feita pelo SAERB, ligado ao município, o Governo do Estado resolveu tirar da Prefeitura os recursos de grande monta, disponíveis para investimento.

Com o mais flagrante abuso de poder político e,( quem sabe?), econômico o dublê de Governo do Estado e Prefeitura fez passar na Assembléia Legislativa e Câmara Municipal o sequestro do SAERB.
Um novo grupo do Governo passou a dirigir a instituição.

Ocorre que a cidade cresceu, novos equipamentos urbanos surgiram, como, por exemplo, o Shopping, e aumentou a demanda de água tratada, pressionando a mesma oferta, por falta de investimento em expansão de produção e distribuição.


E a competência técnica e operacional diminuiu depois que o Governo do Estado assumiu o comando do SAERB; tudo piorou depois que isto aconteceu.

Antes, pelo menos, o pessoal do SAERB era do ramo, conhecia mais ou menos as dificuldades; com os neófitos do Governo, a situação agravou-se a este perigoso ponto.

Não dá para negar que o "verão amazônico" é período de elevado consumo dágua, pelo maior calor, maior poeira e menor umidade relativa do ar; a captação dágua para tratamento e distribuição também torna-se mais difícil pela presença mais constante de areia na vazante do Rio Acre.

Isto, todavia, é o tempo da natureza; sabe-se disto da mesma forma que se sabe que o dia sucede a noite e, nem sequer, é necessário ter competência para entender o evento; é preciso competência, sim, para realizar o planejamento, o provimento dos materiais necessários, de modo a evitar os efeitos nocivos sobre a saúde e o conforto elementar da população de Rio Branco.


Já são dezenove horas desta sexta-feira e nada de caminhão pipa, pra que eu ofereça mais dinheiro por mil litros.
A casa já começa a exalar o mau cheiro dos equipamentos de higiene e, se eu não conseguir comprar água amanhã, vou busca-la num sítio que tenho a oito quilômetros daqui; vou tratá-la e usá-la.
Não sei se catinga é um termo africano ou tupi; o que sei é que a gente fica com vergonha de chegar perto das pessoas, com receio de que elas sintam nosso pixé da falta de banho.

Dizem, não sei se é verdade, que em áreas temperadas ( França, norte dos EUA) as pessoas usam toalhas úmidas no pescoço, nas axilas e na virilha, para aliviar as partes pudendas.
Se for o caso, dá pra fazer isso com água mineral, sem custos excessivos. A conferir.
O POVO DO ACRE QUER SEU HORÁRIO DE VOLTA!

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