É importante lembrar o legado deixado pela gestão do PSDB, quando a inflação deixou de corroer a renda do trabalhador assalariado. A inércia do governo agora é total, hoje o Brasil apresenta sinais que causam apreensão. Os indicadores econômicos são preocupantes e até agora não se ouviu nenhuma explicação para a deterioração rápida da nossa economia.
As projeções fantasiosas apresentadas pelo Executivo federal foram abandonadas, a exemplo do crescimento de 5% em 2012. A própria presidente Dilma tem afirmado não enxergar luz no fim do túnel para a crise europeia. Foi uma forma de dizer que, por aqui, a escuridão também deve preocupar.
A produção industrial tem acumulado pesadas quedas nos últimos meses. A perda da competitividade do setor industrial é alarmante. Segundo a Confederação Nacional das Indústrias, as empresas brasileiras trabalham em média 13 vezes mais que as concorrentes estrangeiras somente para pagar impostos.
O Brasil investe menos de 2% do PIB em infraestrutura, o que representa um terço do que é gasto na China e no Chile e metade do que é investido na Índia. Enquanto isso, o país assiste a deterioração dos aeroportos, estradas, hidrovias, ferrovias e portos. Quanto ao pacote de privatizações anunciado recentemente pela presidente Dilma, espero, sinceramente, que o governo tenha competência para concretizá-lo.
O que há neste novo pacote é apenas um cesto de boas intenções, que joga no lixo da história o dogma ideológico petista que tanto retrocesso causou ao país nos últimos anos.
Além disso, p PT está desmantelando a Petrobras, que no governo FHC aumentou a produção de petróleo em 150%, no entanto, na atual gestão, a empresa já teve um prejuízo de quase R$ 70 bilhões. O desempenho da estatal vem retrocedendo desde que o PT chegou ao poder, em 2003. O aparelhamento partidário e a péssima administração da empresa têm causado prejuízos que refletiram na Bolsa de Valores.
O país não tem projeto, institucionaliza o regime do improviso e não promove reformas profundas, corajosas, estruturais, capazes de remover os entraves ao desenvolvimento.
Márcio Bittar é Deputado Federal