"Eu não queria acreditar que aqui no Acre ainda se pudesse viver situações como no passado".
Foi assim que começou a coletiva com o Senador Sérgio Petecão, que convocou a imprensa para sua residência hoje pela manhã, onde na sexta-feira passada aconteceu um episódio que ele prefere esquecer, quando sua casa foi alvejada por disparos de arma de fogo.
A indignação do senador é por causa das declarações do Secretário de Segurança do Estado, Emylson Farias que sugeriu à imprensa, que Petecão estivesse querendo criar um factóide com o caso.
Petecão declarou que somente um policial militar entrou em sua residência, procurou e encontrou um projétil de arma de fogo caído no pátio. Não houve investigação para se saber de que calibre era o projétil, nem de que arma ele havia saído, se dos "ladrões" ou do policial e nem procuraram a vizinha de Petecão que chamou a polícia.
"Uma investigação relâmpago" disse o senador e logo apresentaram um caso que ninguém sabe se é verdadeiro, pois, ninguém viu a vítima e nem o ladrão que a vítima alega que feriu à bala e prendeu, nem há boletim de ocorrência e nem registro de atendimento de baleado no PS.
Após o fato o senador disse que teria chamado seus assessores mais diretos e dito que "não sugerissem que poderia ter sido um atentado relacionado com política, que ele não achava isso e não queria que ninguém falasse a respeito disso, pois, conhece bem o pessoal da Frente Popular e sabe que tentariam distorcer as coisas".
Na realidade o senador não acredita em "atentado" e se sentiu desconfortável por ter sido acusado de querer usar o fato "que não foi esclarecido devidamente", para se beneficiar politicamente.
Petecão disse que quer esclarecer os fatos para não passar por mentiroso, pois, tem uma reputação à zelar. Que vai solicitar uma investigação mais profunda...
Algumas perguntas ficaram no ar:
Quem é esse sargento que foi assaltado? Onde está o BO da ocorrência de assalto ao sargento? Quem é o meliante que foi preso e onde ele foi atendido, já que foi baleado? Onde ocorreu esse assalto? Se o sargento pegou a placa da moto, ela e seu condutor estão presos? Por que não interrogaram a pessoa que chamou a polícia na noite do acontecido? Quem eram as pessoas que se evadiram do local no Fiesta prata, já que a polícia diz que eram jovens que saiam para uma festa? Por que a Polícia Civil tomou conta do caso se o mesmo aconteceu na residência de um Senador da República o que lhe confere o direito de ser atendido pela Polícia Federal?
São tantas coisas sem explicação que fica difícil para pessoas mais esclarecidas de acreditar nos fatos como eles foram narrados pelas autoridades... Muitos jornalistas acostumados a fatos policiais no seu dia-a-dia de trabalho fizeram diversos questionamentos.
Em respeito à posição que ocupa como Senador da República legitimamente eleito pelo voto popular do povo do Acre, Sérgio Petecão deveria ter sido chamado em particular para conversar com o Secretário de Segurança e este esclarecido com ele o "mal entendido" e explicado que o que acontecera fora apenas uma coincidência de um assalto ser praticado nas proximidades de sua residência e não ir pra imprensa tentar desacreditar o senador...
Local onde caiu o projétil |
Boletim de ocorrência |
Petecão com jornalistas |